Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires


Saúde Planejamento Familiar
Municípios do Vale do Teles Pires participam de treinamento para a implantação de contraceptivo subdérmico
O dispositivo que visa evitar a gravidez não planejada será ofertado na rede pública dos 15 municípios consorciados
segunda, 26 de junho de 2023
segunda, 26 de junho de 2023

Profissionais de saúde da Atenção Básica dos 15 municípios que integram o Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires estão participando de treinamento para a implantação de contraceptivo subdérmico.

O dispositivo é mais um método de planejamento familiar, inserido na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e destinado as mulheres com vida sexual ativa.

De acordo com a diretora-executiva do Consórcio, Solimara Moura, a compra do material foi discutida e aprovada pelos secretários de Saúde dos municípios consorciados e validada pelos prefeitos.

Inicialmente, foram adquiridos 489 kits, compostos por um cartucho com aplicador e um implante, contendo o hormônio etonogestrel 68 mg. O investimento é de R$ 225 mil.

A secretária de Saúde de Lucas do Rio Verde, médica especialista em Medicina de Família e Comunidade, Fernanda Ventura, explica que o objetivo é ofertar o dispositivo as adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

“Em Ribeirão Preto (SP), onde foi desenvolvido o projeto piloto e o sistema é utilizado há dez anos, o número de adolescentes grávidas diminuiu mais de 40%, é um índice muito significativo.”

O etonogestrel é uma substância produzida em laboratório, com função semelhante a progesterona, hormônio que atua no sistema reprodutor da mulher.

Inserido logo abaixo da pele do braço e liberado em pequena quantidade, a substância permanece na corrente sanguínea por até três anos, evitando a gravidez.

Segundo a secretária de Saúde, o método é um dos mais eficazes da atualidade, com o dispositivo podendo ser removido a qualquer momento. Além de evitar a gravidez, reduz a taxa de mortalidade materno-infantil.

O dispositivo só pode ser implantado por profissional médico. Na região, o objetivo é ofertar gratuitamente as mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Na rede particular, o implante do dispositivo custa em média R$ 3 mil.



Texto: Ascom/CPS Vale do Teles Pires
Fotos: Ascom/Prefeitura de Lucas do Rio Verde